Pós-Quarentena. A hora da retomada. E agora?

Me parece que estamos chegando em um momento de retomada das atividades presenciais em nossos escritórios e departamentos jurídicos.

E a imagem que me vem à cabeça é de escombros ocasionados por um furacão nível 5 ou por um gigante tsunami.

A fase do pânico já está passando, os ânimos começam a se acalmar, mas com isso vem a melancolia e a tristeza oriunda das perdas.

Perda de entes queridos ou meros conhecidos; e até mesmo a perda daqueles milhares que sequer conhecíamos.

Perda da nossa vida normal, da vida como era antes.

Perda de empregos e perdas econômicas.

Perda das empresas que não conseguiram resistir a essa imensa onda catastrófica.

Alguns entrarão nesse luto de forma tão profunda que terão dificuldade de sair. Terão dificuldade de olhar pela janela e perceber que o pior já passou e que já é chegada a hora da retomada.

Outros, por sua vez, pularão essa etapa e iniciarão imediatamente a jornada de reconstrução dos escombros. Esses, mal olharão para o horizonte, simplesmente arregaçarão as mangas e partirão para a luta.

Nós gestores, temos que ter muita atenção com os dois grupos.

Teremos que ter a sensibilidade de auxiliar o primeiro grupo a enxergar e trilhar o caminho da reconstrução, ajudando-os a recolher os cacos e fornecer uma perspectiva de auto confiança e pensamento positivo.

Por outro lado, teremos também que atentar para aqueles que não se permitiram viver esse luto. Toda perda tem que ser processada por nosso subconsciente e o luto, o sofrimento, é parte importante nesse processo. Ajudá-los a realizar essas perdas será parte importante de nosso trabalho.

Fiquemos então atentos às manifestações de nossa equipe, sejamos os catalizadores do equilíbrio emocional e propagadores da empatia.